Porque é responsabilidade principal do protesista selecionar o material do implante e do tipo de conexão? Porque não deixar esta decisão nas mãos apenas do cirurgião?

Tanto a escolha do material do implante quanto o tipo de conexão são decisões pré-cirúrgicas que podem afetar a longevidade do tratamento reabilitador.

Estudos laboratoriais e clínicos, discutidos em detalhes no capítulo, mostraram uma maior incidência de complicações envolvendo até fratura do implante quando o mesmo é fabricado em Titânio comercialmente puro grau 2 quando comparado a implantes fabricados em ligas de titânio, como o Ti-6Al-4V.

Em relação aos tipos de conexão, sabe-se que complicações como soltura e até mesmo fratura do parafuso são mais frequentes em conexões externas quando comparadas às conexões internas.

Quando tais eventos complicadores ocorrem, invariavelmente o paciente buscará atendimento com o profissional responsável pela instalação de prótese. Sendo assim, justo que o protesista faça estas seleções uma vez que, o mesmo responderá por eventuais complicações decorridas de tais escolhas nas consultas de acompanhamento.

dentista
Estevam Bonfante

Estevam A. Bonfante, DDS

Pesquisador e Doutor em Reabilitação Oral
Graduado em Odontologia pela Universidade do Sagrado Coração;
Especialista em Reabiltação Oral, FOB – USP;
Mestre em Reabiltação Oral, FOB – USP;
Doutor em Reabiltação Oral, FOB – USP;
Participante do programa PDEE (CAPES – sanduíche) como visiting scientist na New York University College of Dentistry, departamento de Biomateriais e Biomimética;.
Assessor AD HOC de órgãos de fomento do governo brasileiro;
Membro do corpo editorial da International Journal of Prosthodontics (2019-atual);
Revisor de periódicos de seletiva política editorial;
Pesquisador responsável por um auxílio FAPESP na linha JOVEM PESQUISADOR;
Professor associado em R.D.I.D.P no Departamento de Prótese e Periodontia da FOB-USP;

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